quinta-feira, maio 02, 2013

Sons e Silêncios


Ergueu o volume do rádio porque queria quebrar o silêncio com acordes sutis. Não. Ela  queria  de fato destruir o silêncio com acordes nada sutis. Todavia conteve-se, porque estava acostumada a se conter para tentar viver.  O telefone tocou. Mesmo sem vontade para atender - porque há dias assim, nos quais tudo parece não fazer sentido – levantou-se, abaixou o rádio, maldisse o toque do telefone e atendeu. Era ele. Doce e calmo como sempre. Tão seu revés e tão complementar ao estilo da  moça agitada.
- Oi.
-Oi. Disse ela com a voz tremula. Já havia reconhecido a voz.
- Eu nem sei o motivo da ligação, nem sei o que dizer. Sei que queria ouvir a sua voz e saber que estás bem. Disse ele engolindo as vogais. Porque quando se está nervoso se engole as vogais. De “a a u”  todas são comidas.
Ela engoliu o mundo e disse:
-Eu pensei em você. Em Brahms e nos nossos acordes nada sutis. Ouvir Brahms é de um romantismo agressivo. Nem sei o que digo. Ela podia sentir o olhar do moço entre a linha, ela e Brahms.  Ele disse sorrindo:
- É algo no teu sorriso que quebra o meu silêncio. Todos. Mesmo os mais internos e necessários. É algo quando você articula a boca, gesticula, se expressa que está além de qualquer entendimento. É o teu sorriso que é  mais lindo que todo o movimento romântico. Mais que isso... ele quebra um padrão pré-definido pelos conceitos estéticos de tão lindo. Não há ideologia pra definir isso.  É ele que dialoga todos os dias com meus sonhos e um mundo que eu ainda nem sei se poderá existir. Entende?
- Acho que preciso ouvir música. Disse ela agitada e mexendo nas mãos. Mexia os dedos suados e tinha medo que ele notasse tanta ansiedade.
-Você vai viver a vida tentando tapar os buracos do silêncio?  Vai passar a vida a buscar acordes sutis? Você gosta de Brahms e ele não é sutil. O que há contigo? Indagou ele como  se a fitasse de fato. Ela podia sentir o olhar daquele homem e respondeu.
- Talvez seja o  horizonte de evento. É lá que eu estou. Compreende? Sempre gostei de astronomia.  Nos buracos negros não há sons. Nem luz. Nem corpos. Mas há a possibilidade de outra dimensão. Assim como me sinto ao pensar em te olhar. Seu olhar me causa medo.  Assim como ouvir Schoenberg e sua subversão tonal.  Acho que estou louca. Preciso ouvir música.
Ele riu. E disse:
- Eu só liguei para dizer que apesar dos movimentos, do tempo, do espaço, de Schoenberg, Bach ou Brahms...tudo ainda permanece igual, sem sons sem você. Mas com você uma mistura de tudo...de todas as notas e sentidos: a explosão de um supernova. Algo sem controle. Mas a única verdade é que te amei, te amo e te amarei para sempre. Ela desligou o telefone e o rádio. Sorriu. Agora era tudo silêncio.


quarta-feira, maio 01, 2013

Dia do Trabalhador





                                              Dia do Trabalhador - Tarsila do Amaral 

Hoje é comemorado o dia internacional do trabalhador instituído quase em todos os países do mundo como uma forma de lembrar os direitos dos trabalhadores, suas reivindicações, melhores condições de trabalho e dignidade. Historicamente a instituição da data tem relação com a greve geral dos EUA (1886).

O trabalho é o centro da nossa vida, principalmente, numa sociedade capitalista. É por ele que construímos todas nossas relações sociais, culturais e econômicas e até eróticas (quem nunca ouviu de um parente ou amigo, vai namorar com ele sendo que ele não tem nada para te oferecer, nem um trabalho. Pois é.). É por meio do trabalho que conjugamos, numa sociedade como a nossa, os verbos ser e ter. Caso contrário, estaremos à margem socialmente e não seremos por não termos. 

Nós, homo sapiens, passamos a maior parte do nosso tempo de vida no ambiente de trabalho,  e às vezes somos tão institucionalizados pelo conceito trabalho que não sabemos o que fazer com nosso tempo livre. Tristes os seres humanos que não sabem fazer nada e não conjugam o verbo ociar. 

Também somos moldados conforme o ambiente de trabalho, ou seja somos o que nosso trabalho quer vender ou aparentar ser.  Não necessariamente que isso seja ruim, porém a consciência disso é que deve existir, senão seremos apensas robôs, escravos do dinheiro e do trabalho. 

Acredito que as comemorações do dia do trabalho, atualmente, são grandes festas – pão e circo –onde acontecem: shows e sorteios de prêmios, mas que as discussões sobre o trabalho e suas condições não são o foco principal e nem são abordadas pelos sindicatos e trabalhadores. Talvez os shows e os prêmios sejam necessários, todavia muito mais que isso é vital para a saúde dos trabalhadores, pois esta é uma data de reflexão, de discussões e de comunhão em torno dos direitos do trabalhador. Isso é o triste, pois o próprio  trabalhador, por inúmeros motivos de manipulação, se sentem feliz apenas em ter um trabalho e não pensa no contexto “biopsicosocialeconomico” dele. 

Eu admito que os trabalhadores conquistaram alguns direitos no decorrer da história e da evolução social do próprio conceito de trabalho, porém  há janelas que parecem que nunca se abrirão de fato, pois o cadeado que as trancam, além de ser muito reforçado e grande, não possui chave. E penso que é na abertura desse cadeado que nós devemos nos unir, para que o sol entre de fato nas nossas casas. 

O que eu desejo para todo trabalhador como eu, você e ele: Amor, Saúde, Arte, Educação, Ócio, Sexo, Felicidade, Viagem, Dinheiro, Consciência de si e do outro e esta canção:

terça-feira, fevereiro 05, 2013

Para Roma com amor...apenas uma boa comédia.


Esta fase do Woody Allen fora de Nova York  é como uma viagem mesmo a Europa: Já fui para  Londres, Barcelona e Paris com o cineasta. Domingo fiz uma viagem a Roma;  assistindo no cine clube a película “ Para Roma com amor” do diretor. O filme é divertido, mas nada além disso. Falo isso porque sempre vi um Allen que desmascarava a alma humana com diálogos inteligentes, aguçando a capacidade de observação na natureza humana. Em “ Para Roma com amor”, o diretor é superficial nos diálogos e exagera na caracterização dos italianos, talvez isso aconteça pelas várias histórias paralelas. Cheguei a pensar que talvez a superficialidade das personagens fosse proposital. Não sei. Bem... Vindo do gênio Allen podemos esperar qualquer coisa, né?

Bem, o longa é dividido em diversos filmes. Sim. Muitos filmes dentro do mesmo. Várias histórias que não se cruzam...assim como a vida. Histórias de turistas e cidadãos italianos que tem como fundo Roma. Uma de um casal americano que viaja pra Roma para conhecer o noivo da filha. Outra, um critica talvez a sociedade do espetáculo e os big brothers da vida, mostrando um homem simples se tornando celebridade. Já a terceira retratando um arquiteto que volta a Roma depois de 30 anos e conhece um jovem e a namorada e depois no decorrer da história percebemos que talvez o jovem seja ele mesmo. E também a história de jovens recém-casados que se perdem e se encontram em Roma.

“Para Roma com amor” está longe de ser uma grande obra cinematográfica, não  devemos nem de longe comparar com “ Meia Noite em Paris”, uma das obras de Allen mais geniais e sem clichês de todos os tempos. Se comparar a decepção é inevitável.

No filme Allen aborda relacionamentos superficiais e mostra muito talento para fazer uma boa comédia. Mas só. Ah! A fotografia e a trilha sonora também deixam a desejar. Ai, eu que disse para não compararmos os filmes,  me pergunto como não comparar a direção de fotografia de Roma com “Meia noite em Paris”? E a trilha sonora? Estou sendo cruel??? RS

Claro que como toda obra de Allen há cenas tão reais que de tão reais pensamos que só podem acontecer na ficção. Porque temos por hábito negar nossa essência. Em sua comédia ele também flerta com o absurdo da vida. Tornando-o hilário. Como se ríssemos de nós mesmos. Enfim...Não é a melhor obra do cineasta, mas vale pelo divertimento e pelas imagens da capital Italiana.

Para Roma com amor - Diretor: Woody Allen
Elenco: Ellen Page, Woody Allen, Jesse Eisenberg, Penélope Cruz, Alec Baldwin, Alison Pill, Greta Gerwig, Roberto Benigni, Ornella Muti, Judy Davis, Carol Alt, Riccardo Scamarcio, Maricel Álvarez, Isabella Ferrari, Giuliano Gemma, Alessandro Tiberi, Flavio Parenti, Alessandra Mastronardi, Luca Calvani, Roberto Della Casa, Vinicio Marchioni, Lina Sastri, Corrado Fortuna, Dominic Comperatore, Antonio Albanese, Monica Nappo, Giada Benedetti, Simona Caparrini, Araba Dell'Utri, Marta Zoffoli, Marina Rocco, Edoardo Purgatori, Lynn Swanson, Cristiana Palazzoni, Fabio Armiliato, Fabio Bonini, Claudio Caiolo
Roteiro: Woody Allen
Fotografia: Darius Khondji
Duração: 107 min.
Ano: 2012

segunda-feira, janeiro 21, 2013

Sal


Sal arde
Sol queima
Sal salga
Sol cega
Sal limpa
Sol ilumina
Sal dói quando em contato com machucado
Sol Machuca
Sal  sem Sol = Sau
Sal não tem complemento...
E de repente vira saudade.

sexta-feira, janeiro 18, 2013

“ O Escaravelho do Diabo” e as descobertas ao acaso


Algumas experiências são realmente marcantes na vida, principalmente com a leitura, afinal é ela que nos leva a outros mundos possíveis e a um encontro introspectivo conosco mesmo. A coleção vagalume não foi  o meu primeiro contato com a leitura, longe disso, mas aconteceu num período significativo de mudanças: Da saída da infância para pré-adolescência, uma fase em que tudo era estranho, inclusive eu, meu corpo, pensamentos e sentimentos. Uma fase de descobrimento e construção ideológica. E dentro dessa inconstância, a qual faz parte do processo de descobrimento da gente mesmo é que conheci a série vagalume, estava na sexta série. Lembro-me que nesta época a professora indicava leitura para posteriormente aplicar uma avaliação – o que para mim era uma chatice sem limites – porque o gostoso da leitura é a descoberta de autores, sonhos; e eu sempre fui meio subversiva para ordens e nesta fase um rebelde habitava em mim, ou melhor, nascia. 

Na ocasião em questão, a professora mandou a classe ler o livro chamado: Xisto no Espaço,  também da coleção vagalume. E eu como uma “boa”  aluna, decidi por conta e risco, ler outro livro “ O escaravelho do diabo” da Lucia Machado de Almeida. Além da história que me despertou interesse pelo romance policial, o livro também significou a primeira nota zero da minha vida escolar. Afinal... Não obedeci à indicação de leitura para prova. E, hoje, penso  que esse zero foi a melhor nota da minha vida, foi desse fracasso escolar que descobri a paixão pela literatura e as consequência de uma escolha. E que na vida sempre seria assim...

O escaravelho do diabo é um romance policial que conta a história de assassinatos misteriosos que acontecem na cidade de Vista Alegre. O assassino antes de matar suas vitimas envia-lhes um pacote contendo um escaravelho (que para mim mais parecia uma barata e futuramente me proporcionou um encontro confortável com o Senhor Kafka – Metamorfose -  e com a Senhorita Lispector – Paixão Segundo GH-, pois o mesmo animal – ou parecido - sempre presente nas minhas leituras significativas.). 
As vitimas tinham algo em comum: eram todas ruivas e sardentas. E o assassino, devido à forma que indicava que iria cometer o crime, foi apelidado pela população local de “Inseto”. 

O protagonista da saga se chamava Alberto – estudante de medicina- que teve o irmão Hugo o primeiro assassinado da história. E devido ao envolvimento emocional com o irmão decidiu investigar os crimes juntamente com o inspetor Pimentel. Porém por falta de provas o caso é arquivado. E de repente, de uma maneira fantástica,  quando se pensa que os crimes e a obra terminarão sem solução, numa viagem para Alemanha o mistério é revelado para o protagonista. E assim como a descoberta do assassino por Alberto foi por acaso, da mesma forma  descobri a paixão pela literatura e a importância de arcar com minhas escolhas. 

quarta-feira, janeiro 09, 2013

Água Viva


Penso que só a Senhorita Lispector poderia criar um livro, em forma de monólogo,  nascido de anotações de bolso – em contas ou qualquer papel que encontrava durante seus dias/noites – e com um nome tão singular: Água Viva.

A água viva é uma esfinge, ou seja, um animal misterioso e estranho: um corpo gelatinoso, com tentáculos que dançam, uma aparente fragilidade e sutileza que comove e fascina. Essa criatura que parece doce, frágil, transparente pode ser amarga, voraz, nebulosa e queimar – chegando a matar-. Um animal antagônico na essência.  A água viva para se locomover  depende da maré, porém a danada é tão rebelde que consegue  vencer sua condição de dependência marítima  e nadar lançando jato de água - livrando-se das correntes impostas pela própria natureza-. Contudo se essa criatura se encalhar na praia...irá evaporar, pois 98% de seu corpo e formado por água. Interessante, né? Evapora. E o quanto de nós evapora diuturnamente, né?

Ah! E a Senhorita Lispector compreendia belamente o animal. Só posso ter esse entendimento, pois para titular uma obra com esse nome  é por demais  significativo... Afinal as águas vivas adultas são medusas, sim... Para homenagear a criatura mitológica, a qual   tinha cobras no lugar dos cabelos e que transformava quem olhasse diretamente para ela em pedra. Lembrando que só  se pode olhar, sem riscos,  para uma medusa pela imagem refletida no espelho.


 Medusa- Caravaggio

Bem toda essa introdução para dizer que o titulo por si só explica a existência do livro: o instante; a urgência da vida e a necessidade de se enxergar, mesmo que por espelhos. E assim como a vida, o romance não possui enredo, ou história linear, há ciclos e nunca uma reta. É um texto para ser sentido e vivido intensamente. E como a ação de viver, as medusas, este livro pode ser lido livremente, do fim para o inicio, do meio para o inicio e assim nunca se esgotarão as possibilidades de leitura/vida. A medusa é um autorretrato, um misto de horror e vaidade. Todo espelho traz dor, fúria e raiva.

A narradora do livro é uma pintora que muitas vezes, durante a leitura, tive a impressão de ser a própria Clarice aos avessos. Um  monólogo que interage  com o nosso âmago; porque na pintura como na literatura – ou em outras expressões de artes – busca-se quebrar o silêncio e dizer o indizível, traduzindo respostas para todas as inquietações humanas.

A pintora busca o “ instante já”, o agora – porque é este momento que se é vivo, o resto são divagações – passado ou futuro- , mas isso não ultrapassa a criação artística.  O livro demonstra que a vida é feita de acasos.  E o acaso pode ser uma coisa – it – o pronome em inglês neutro que ela usa no texto. Alias  ela inicia o livro com este enunciado: “ Eu sou puro it que pulsava ritidamente. Mas sinto que em breve estarei pronta para falar em ele ou ela. História não te prometo aqui. Mas tem it. Quem suporta? It é mole e é ostra e é placenta. Não estou brincando pois não sou um sinônimo – sou o próprio nome. Há uma linha de aço atravessando isto tudo que te escrevo. Há o futuro. Que é hoje mesmo.”

Talvez poucas leituras na minha vida me ofereceram a oportunidade de nadar em mim...de perceber o pior e o melhor da Daniela. Um livro de beleza impar, o qual nada mais é que o reflexo de nossas inquietações. Assim como não podemos olhar diretamente nos olhos da medusa porque nos tornaremos pedras...não podemos olhar para nós porque não aguentaríamos a dor. Portanto, é necessário espelhos para refletir nossa imagem... para podermos tocar o real. Leitura para sentir e viver. 

“ O imprevisto improvisado e fatal me fascina. Já entrei contigo em comunicação tão forte que deixei de existir sendo. Você tornou-se um eu. É tão difícil falar e dizer coisas que não podem ser ditas. É tão silencioso. Como traduzir o silêncio do encontro real entre nós dois? Dificílimo contar: olhei para você fixadamente por instantes. Tais momentos são meus segredos. Houve o que se chama de comunhão perfeita. Eu chamo isto de estado agudo de felicidade. Estou terrivelmente lúcida e parece que alcanço um plano mais alto de humanidade. Ou desumanidade – o IT!
O que faço por involuntário instinto não pode ser descrito.
Que estou fazendo ao te escrever? Estou tentando fotografar o perfume.”
Água Viva – Clarice Lispector – Pág 89.

quarta-feira, janeiro 02, 2013

Bom ano...Boa vida a tod@s!




Todo inicio de ano é a mesma  coisa...Aquele lance de escrever uma lista para cumprir metas ou sonhos. Enfim... não critico quem o faz, acho até legal. Eu mesma já fiz várias vezes... Todavia, no tempo já, não me interessam listas e sim as batidas do meu coração... E por elas que seguirei... e são os descompassos deste meu  músculo involuntário amalucado  que me fazem ser uma pessoa melhor e realizar minhas melhores e certeiras escolhas. Só há um caminho para mim: Sambar no descompasso cardíaco. Por isso rasguei as listas, espantei os devaneios e decidi viver, parafraseando o lindo do Paul Singer, a utopia concreta de viver e ser eu. 

Sambando seguirei meus (des) caminhos: errando ou acertando. Entendendo que a vida não é e nunca será uma linha reta e sim uma montanha a ser (re) descoberta ( assim como aqueles aparelhinhos que medem as batidas cardíacas – eletro- cheio de descidas e subidas: isso é a vida!). Compreendendo mais a cada dia que a vida urge e que Kronos é um puta de um sacana mandão...portanto, desafiá-lo também é fundamental; senão  meu samba não irá para avenida. 

Há um tanto de sonhos concretos aqui no meu peito. E meu coração indica a saída pela esquerda (sempre) e é lá que mora um tanto de Daniela; todos os meus desejos e também um bocado de amor para compartilhar com a vida, pessoas e universo. Porque só amor interessa também...  e que neste ano(2013), a gente se despeça das pessoas sempre com beijo e com uma  pequena morte(abraço), que a gente diga as coisas que sente no exato momento que as sente, entendendo que isso não é habeas corpus para ferir outra pessoa( isso é maturidade de lidar com sentimentos) e que a gente ame e seja amado na intensidade das batidas do nosso coração. Sigo, no momento já,  em direção a avenida para preparar meu show...e sair como rainha de bateria dessa escola de samba que é a vida! 

Obs: São as pessoas ao me redor que me tornam melhor e mais feliz. E sim...a vida é feita de momentos felizes que só acontecem no coletivo. Olhar pra dentro da gente é importante para nos (re)construir...mas alegria é composta de sorrisos coletivos. =) Chega de lição de auto-ajuda( esse lance de procurar a felicidade dentro da gente – propaganda da literatura capitalista)...quando a solução é o amor...o coletivo. Ame mais...=) 

TRILHA SONORA DO POST - NÃO DEIXE O SAMBA MORRER - NA VOZ DE MARIA RITA